Tava tudo tão errado, estava tudo fora do lugar. Fora do que era. Era mais e podia ser mais. As luzes não confundiam seus olhos e o lugar fechado cheio de luzes fluorescentes, neons e coloridas era mais seu lar que sua própria casa. Tinha aquela vida que não eram todos que queriam, tinha aquele tipo que todos achavam assustador, mas era ele, era simplesmente ele por ele e a noite que o trazia sempre para dentro. A música que havia lhe fisgado a atenção o trouxera para o mundo que o revelava de verdade. Tudo era tão ele, tão dele. A animação, a multidão, as bebidas e as pessoas. Inventou a si e saiu do que ele era anteriormente. De dia de um jeito, de noite de outro. Era aquele ser que encarnava em si todas as noites ao anoitecer, ao virar da noite, que o motivava a se divertir sem pensar no amanhã. Carpe diem. Todos os conheciam, sabiam que ele não era tudo aquilo que parecia durante o dia, mas que ele era muito mais ele nas noites, sob as luzes ou sob as criações inventivas de si própria. Sempre aproveitando o que mais uma noite lhe guardava para começar mais uma vez.
Mas ele afrontou, provocou, assombrou, incomodou...
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